Por Fátima Oliveira e Solinan Barbosa
Foto: Solinan Barbosa

Trinta pacientes foram beneficiados

Neste sábado de Carnaval (25), o Hospital Getúlio Vargas (HGV) realizou mais um mutirão cirúrgico ortopédico que beneficiou trinta pacientes, a maioria da urgência. Foi o oitavo mutirão realizado em 2017, que propiciaram o atendimento de cerca de 260 pessoas em diferentes especialidades médicas; 120 somente em ortopedia, uma das áreas de maior demanda cirúrgica. Foram realizadas, ainda, duas embolizações de aneurisma cerebral, procedimento que somente o HGV faz na rede pública do Piauí.

``Foram feitos procedimentos para tratar fraturas de tíbia, fêmur, quadril, dentre outras. São fraturas ocasionadas por várias situações como acidentes de moto, por exemplo. Também há pacientes idosos, alguns deles com idade acima dos 90 anos, com fraturas em decorrência de quedas``, explica o coordenador da Clínica ortopédica do HGV, Wilson Rodrigues.

Segundo a diretora do HGV, Clara Leal, as ações cirúrgicas, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), acontecem paralelamente aos procedimentos cirúrgicos que o Hospital realiza durante a semana. ``Os mutirões já fazem parte da rotina do Hospital e ajudam a otimizar o número de cirurgias, principalmente nas especialidades de maior demanda``, pontua a diretora.

O autônomo Raimundo Bernardino, 54 anos, foi um dos pacientes submetidos a cirurgia ortopédica. A  mulher dele, a dona de casa Maria da Conceição, conta que o marido foi vítima de um acidente de moto, no qual fraturou a perna direita. ``Fiquei feliz e aliviada ao saber que ele seria operado hoje e que, com fé em Deus, logo estará recuperado. Só temos a agradecer a todos que estão à frente desse mutirão``, completa.

Participaram da ação os cirurgiões ortopédicos Wilson Rodrigues, Francisco das Chagas, José Sampaio, Glauson Nascimento, Joel Campos e Raul de Macedo. Os anestesiologistas Hugo Carvalho e Antônio Urias. Além de enfermeiros, técnicos de enfermagem e radiologia, e pessoal de apoio.

HEMODINÂMICA

também neste sábado, o Serviço de Hemodinâmica fez dois procedimentos de embolização de aneurisma cerebral. A aposentada Maria de Lourdes, 77anos, foi uma das pacientes que passaram pelo procedimento.  A filha de D. Lourdes conta que a mãe passou mal em Picos - Pi e foi transferida para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde foi constatado um aneurisma cerebral. "Lá no HUT, os médicos falaram que tinha que vir para o HGV, pois somente aqui faz esse tipo de cirurgia", explica Luzineide Sousa.

O neurocirurgião Arquimedes Cavalcante, diz que a embolização de aneurisma é necessária nesses casos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. "São pessoas que tiveram um quadro de hemorragia secundária ao rompimento desses aneurismas. São pacientes graves e esse procedimento ajuda a melhorar a qualidade de vida deles, após o sangramento de aneurismas. O HGV é o único hospital público no Estado que realiza esse tipo de procedimento, porque dispõe de equipamento de hemodinâmica e toda uma infraestrutura necessária para o procedimento, além de profissionais especializados e suporte de UTI, necessária no pós-operatório imediato desses pacientes", acrescenta Arquimedes.