Em funcionamento há um ano, a Unidade de Acidente Vascular Cerebral (UAVC) do Hospital Getúlio Vargas (HGV), já atendeu 340 pacientes e obteve êxito em 90% dos casos. Inaugurada em junho de 2023, é a primeira unidade pública especializada tipo III do Piauí para o tratamento da doença.
Uma das pacientes beneficiadas foi a dona de casa Antônia Francisca Medeiros, 59 anos. Moradora de Teresina, ela conta que estava na cidade de Campo Maior visitando sua mãe quando passou mal, no dia 6 de março. Levada para o HGV, passou por exames que diagnosticaram um AVC hemorrágico e o tratamento foi logo iniciado. “De repente eu desmaiei. Estava suando muito, aí desmaiei”, relembra a dona de casa.
Janiele Medeiros, filha de Antônia Francisca, diz que o problema de saúde da mãe foi um impacto para toda a família. “Graças a Deus, hoje ela está bem. Agradecemos à equipe da unidade AVC do HGV, que atendeu minha mãe muito bem, desde a chegada até a saída dela”, diz Janiele, que a acompanhou durante os 19 dias de internação.
O neurologista Davi Said explica que a unidade oferece cuidados com a presença de neurologistas 24 horas por dia, durante os sete dias da semana. Além de contar com uma equipe multiprofissional, que atua no processo de reabilitação, e com terapias avançadas para a condução dos casos.
“Nós já atendemos mais de 300 pacientes. Conseguimos reabilitar grande parte deles, identificar o causador do AVC e devolver essas pessoas com uma melhoria na qualidade de vida para a sociedade”, pontua Davi Said.
Segundo a diretora-geral do HGV, Nirvania Carvalho, os bons resultados se devem, principalmente, à agilidade no atendimento, pois os primeiros cuidados devem ocorrer rapidamente, o que amplia as chances de recuperação e evita ou minimiza possíveis sequelas.
“Temos conseguido tempos recordes nos atendimentos, desde a chegada do paciente com a realização da tomografia e a administração do medicamento direcionado ao AVC. E isso tem feito toda a diferença. Então, esse é um ano para comemorar e só temos a avançar cada vez mais, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e do Governo do Estado”, conclui a diretora.
O serviço conta com dez leitos e uma equipe multiprofissional composta por neurologistas, clínicos gerais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fonoaudiólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
O superintendente de Média e Alta Complexidade da Sesapi, Dirceu Campelo, fala do avanço nos atendimentos realizados pelo HGV. "É um hospital que cumpre o seu papel de alta complexidade. A unidade de AVC tem conseguido resultados extraordinários. São 90% de êxito nos casos, ou seja, salvando vidas", afirma.
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