Por Solinan Barbosa
Fotos: Solinan BarbosaAção aconteceu na manhã dessa sexta-feiraUsado para realçar o sabor das refeições e conservar produtos alimentícios, o sal se encontra hoje no banco dos réus. A acusação? Levar a pressão arterial às alturas e, assim, abrir caminho para uma série de complicações como acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal, doenças cardiovasculares, dentre outras.
Pensando nisso, o Serviço de Nutrição e Dietética do
Hospital Getúlio Vargas (HGV) e estudantes dos cursos de nutrição da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) e da Faculdade Santo Agostinho promoveram, na manhã dessa sexta-feira (22), uma ação voltada aos usuários e colaboradores do Hospital com o objetivo de alertar sobre os perigos do uso abusivo do sal de cozinha.
Durante o evento, houve a distribuição de folders e a exposição de diferentes produtos alimentícios com a quantidade de cloreto de sódio presente em suas composições. O sódio, por ser um excelente conservante, é encontrado em praticamente todos os produtos alimentícios industrializados.
De acordo com Diana Sipaúba, nutricionista do SND do
HGV, o sal não deve ser abolido, pois se trata da principal fonte de cloreto de sódio (mistura de cloro e sódio), mas sim consumido moderadamente.
``O sódio é um mineral importante, responsável pelo equilíbrio hídrico do corpo.Além disso, ele participa de impulsos nervosos, contração muscular e transporte de moléculas entre nossas células”, afirma.
Para a profissional, o verdadeiro vilão é nosso paladar viciado na explosão de sabores criada com a evolução da indústria alimentícia, tornando-nos insensíveis ao gosto real dos alimentos fresquinhos.
Diana Sipaúba alertou para os perigos do uso abusivo do sal de cozinhaA Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que a ingestão diária de sódio deve ser de 2 gramas, o que equivale à 5 gramas de sal de cozinha ou 5 colheres rasas de café. Mas no Brasil, o consumo chega a 12 gramas diárias.
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